Nunca fui de ficar
muito tempo em escolas, eu sempre me metia em confusão e acabava sendo expulsa
e quando eu estava em uma escola que eu gostava, meu pai teve que se mudar por
causa do trabalho, e claro, me levou com ele.
Se vou contar minha
história acho melhor começar me apresentando, meu nome é Jenny, tenho 17 anos, já
me mudei mais vazes do que consigo contar por causa do trabalho do meu pai, e
dessa vez ele me trouxe para o fim do mundo.
Moro em uma pequena
rua, ao lado da minha casa não tem nada, apenas mato e mais mato, já em frente
tem uma grande casa velha e abandonada. Tinha acabado de me mudar e no dia
seguinte seria meu primeiro dia na nova escola, me arrumo e vou dormi, no dia
seguinte acordo cedo, como uma fruta e vou para a escola, e pela primeira vez
na minha vida eu fiz amigos, achei estranho por ter chegado alguns garotos para
falar comigo, em seguida algumas meninas também vieram, eu estava feliz pela
primeira vez em muito tempo. Eles planejavam fazer alguma coisa depois da aula
e me perguntaram se eu conhecia algum lugar que desse medo ou algo do tipo, me
lembro da casa em frente à minha e falo para eles, sou convidada a ir junto,
não sei o que fazer e concordo.
Chego em casa e
decido me deitar até as 20:00 que é a hora que eles decidem ir, acordo com meu
telefone tocando, atendo e é um dos garotos que iria a casa no dia.
- Então, eles decidiram ir mais tarde, você falou que mora
em frente então se der 02:45 encontra agente na frente da casa – Não deu tempo
de falar nada e ele desliga o celular, meu pai iria passar a noite toda no
trabalho, então não tinha problema sair um pouco tarde de casa.
Da 02:45 e eu estou
em frente à casa velha, espero 5 minutos e vejo um pequeno grupo de 4 pessoas
chegando, nos cumprimentamos e entramos na casa que range a cada passo, um
deles começa a falar da lenda sobre a casa que ele achou na internet.
- Falam que 50 anos atrás, vivia uma família nessa casa e o
homem que morava aqui abusava fisicamente e sexualmente das suas 2 filhas,
depois de 4 anos de abuso uma das meninas decidiu contar para a mãe, a mãe
ficou doida, seu marido estava no bar e quando ele chegou em casa ela decidiu enfrentá-lo,
eles discutiram e ele enfiou dois pregos nela, um em cada olho, falam que a
mulher ainda está presa na casa, e que o único jeito dela se libertar é se ela
trocar de lugar com outra pessoa.
- Então para ela sair ela teria que possuir outra pessoa –
Pergunto segurando meus braços para parar de tremer, a noite estava fria.
- Não, ela não tenta sair pelo mundo, ela só tem que matar
outra pessoa, ela matando alguém ela se liberta e essa outra pessoa pega o lugar
dela na casa.
Continuamos andando
pela casa, quando se aproxima das 03:00 escuto um barulho na casa e começo a ir
em direção aos barulhos, chamo os outros, porém acho que eles não me escutaram
pois quando virei eles tinham sumido, continuo indo em direção ao barulho, meu relógio
desperta informando que era 03:00 da manhã, me viro para sair da casa e a porta
do quarto fecha na minha frente.
- Me ajuda – Escuto um sussurro.
- Não, para de brincar gente, não sejam idiotas. – Digo tremendo
mais ainda, agora por causa do frio e do medo.
- Obrigado por me tirar desse lugar – Escuto o sussurro de
novo.
Quando tento falar eu
sinto como se alguém tivesse me empurrado e sou jogada contra a parede.
- Para que ter medo? É apenas uma casa – Agora percebo que a
voz parece ser de uma senhora de idade
- Não tenho medo. – Respondo tentando parecer confiante.
- Eu estava brincando, se eu fosse você eu teria, quando meu
marido me matou eu chorei sangue, e é uma sensação bem estranha, por que você
não experimenta? – A senhora apareceu na minha frente, eu só via osso, restos de
pele, poucos fios de cabelo e nos olhos estavam as manchas das lagrimas de
sangue.
Tento me manter
forte, talvez se eu parecer forte ela me deixe ir, mas meus olhos me traem e
começo a lacrimejar, pisco uma, duas, três vezes e sinto as gotas descer, passo
as mãos nos olhos e percebo que as gotas são vermelhas. Grito e grito mais uma
vez, a senhora chega perto de mim e coloca as mãos perto do meu rosto.
- Meu marido me matou e sumiu com as minhas filhas, venho
esperando alguém a muitos anos e agradeço sua ajuda, mais hoje eu estou livre, já
o seu futuro – a senhora dá uma profunda risada – Eu teria medo dos seus dias a
partir de hoje.
Dois pregos vieram em
direção aos meus olhos, hoje quem passa em frente à casa partir das 03:00 horas
da manhã escuta meu choro, 03:00 horas é uma boa hora para matar, tento sempre homenagear
a famosa Hora Morta.
By-Trap
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