Simplesmente me deitei para dormir e acordei nesse lugar estranho, corro e corro, é em vão, é sempre o mesmo corredor apertado com as mesmas portas de madeira, não sei onde estou e nem como vim parar aqui, a única coisa que sei é que preciso voltar para casa.
Entro em uma das portas e mais uma vez é em vão, na porta simplesmente tem outro corredor com mais portas, corro o mais rápido que posso, não tento abrir as portas, não olho para os lados, basicamente não tento fazer nada a não ser correr, estou em um labirinto infinito e não sei por que estou aqui, tento gritar por ajuda mais não ouço minha voz sair, estou muda, devo estar sonhando, a última coisa que me lembro é de me deitar para dormir, isso só pode ser um sonho, deus que isso seja um sonho, me jogo contra as paredes tentando despertar desse sonho horrível mais não consigo nada com isso, apenas um ombro dolorido, eu sinto dor, então isto não pode ser um sonho, isto é real, não sei onde estou, quero ir para a casa.
Entro em outra porta, e em outra, e mais uma, e outra, entro em tantas portas que perco a conta, já estou correndo a um bom tempo, vejo uma porta com uma cor diferente a direita, corro para chegar nela rápido, deve ser a saída, é a primeira porta de outra coloração que eu vejo, tem que ser a saída.
Paro em frente a porta, ela tem uma cor avermelhada, coloco a mão na maçaneta e vejo que ela está quente, não a ponto de me queimar, mais está quente, abro a porta e dou de cara com um homem de sobretudo que segura uma foice, depois disso tudo fica escuro novamente, e parece que estou dormindo, mais sei que não estou no meu quarto.
Dizem que quando chega sua hora, a morte não corre atrás de você, para falar a verdade é totalmente o contrário, é você que corre atrás dela.
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